segunda-feira, 17 de novembro de 2008

o bom filho à casa retorna.

Eu não gosto de ficar sozinha. Eu, sozinha-inha mesmo, me enlouqueço. Me enlouquecer, aliás, é o que de melhor eu faço sozinha, porque eu também me entedio; o que acaba por me enlouquecer de novo, e no final, somos três: eu, e a loucura e o tédio que se revezam nobremente empenhados em me fazer companhia.
Não espalhem por aí, mas todo tipo de cinema e arte e literatura me servem, em grande medida, para que tomar banho seja mais fácil. Além de um filme garantir, vá lá, duas horas de distração, se for bom, ou muito ruim, me ocupa nos quinze minutos em que eu estiver sozinha. Vinte, quando eu acho que condicionador é bom negócio.
O indivíduo que fica horas olhando o mar, ou fuma uma carteira inteira de cigarros em plano-sequência olhando pra uma parede me causa uma inveja que, céus, até me censuro descrever. Em miúdos, faz com que eu tenha vontade de trocar de cabeça com eles. "Cá está a minha, que se esvazia em meio piscar de olhos".
Eu preciso do mundo, e não de tempo pra mim. As idéias estão lá fora, aqui fora. O que eu faço com elas, por enquanto, é isso aqui: um blog; que agora (não estou cruzando os dedos) vai ganhar (pelo menos) um post por semana. Minha vaidade absurda que só deixava publicar quando o texto me parecesse perfeito só me rendeu depressão pós-parto até agora, e nada mais.

Aos novos tempos, tim tim.





2 comentários:

Adan Christian disse...

Antes tarde do que nunca!
Sempre te achei uma crítica muito injusta com teus textos.
Acho que devias deixar teus 'filhos' menos queridos soltos no mundo para ver o que acontece! Sempre gostei deles!

E não esqueça que, agora que adotou a periodicidade semanal, estarei aqui com muita frequência, esperando novidades!

Beijos de seu fã de carteirinha!

ligiaferraz disse...

sempre, sempre insatisfeita! eu poderia escrever cinquenta mil vezes um texto de formas diferentes, sempre melhorando que nunca iria ficar totalmente satisfeita.
mas vá lá, confie nos teus fieis leitores, teus textos são ótimos de ler e sempre me identifico com todas essas pequenas crises.
afinal, com toda essa nossa vivência, nossas loucuras e tédio de todo o dia não poderia sair nenhuma crise muito absurda!
aos novos textos semanais, tim tim!