
Essa branquidão dos dias quentes! Como ela me encomoda, mesmo tímida, mesmo taciturna, mesmo branca. O vento vem e é alívio, mas se veio, já não é mais branco, é mais cinza e deus sabe como prefiro o cinza. Branco é inverno, casaco de lã e folha seca.
Com a cabeça pra fora da janela, pensava em brancos, e cinzas e azuis escuros. Pensava que ou o sol que racha ou a chuva que desmonta o arranjo do cabelo e pesa a calça jeans. E aí pensei que pensei uma coisa velha. Parece que agora, especialmente as meninotas, são todas assim. Todas tão intensas. Vaidade balofa. Não compro.
Leio por aí milhares de auto-descrições que, a primeira vista, só podem ter sido escritas por grandes espíritos. Todo mundo tem um sangue quente, uma vontade de viver absurda. Sentir na pele é pouco, agora queremos o sangue, as vísceras. "Ou me ama ou me odeia", "comigo é oito ou oitenta", "ou a chuva ou o sol". Mas que vidão não vivem esses todos que se descrevem como almas apaixonadas, impulsivas, geniais, hã? É bem bonito de ler, mas pouco crível. O que eu vejo é uma maioria insossa e conformada. Existe um grande mal entendido aí, ou as pessoas estão com sérios problemas de auto-conhecimento, ou é puro e deslavado embuste. Talvez um pouquinho dos dois.
Aqui já chove, mas se mantido o céu branco, faria um esforço sobre-humano pra me acostumar e gostar um pouquinho mais dele. Muito mais encantadora e misteriosa é essa branquidão, que não deixa ninguém saber se vai abrir sol, ou deixar cair a torrente. Passageiro, efêmero, fugidio.
Não sou mais aquela que começou a escrever esse texto.
p.s: Posso pedir uma coisa? Tenho muita curiosidade em saber quem está lendo isso aqui. Então proponho que quem passar por aqui, mesmo que acidentalmente, e pela primeira e talvez única vez, deixe um comentário. Não precisa comentar nada, só escreve "oi", "presente", sei lá. Pode ser? Já sabia mesmo que vocês que por aqui passam são uns queridões.
Beijos.
Com a cabeça pra fora da janela, pensava em brancos, e cinzas e azuis escuros. Pensava que ou o sol que racha ou a chuva que desmonta o arranjo do cabelo e pesa a calça jeans. E aí pensei que pensei uma coisa velha. Parece que agora, especialmente as meninotas, são todas assim. Todas tão intensas. Vaidade balofa. Não compro.
Leio por aí milhares de auto-descrições que, a primeira vista, só podem ter sido escritas por grandes espíritos. Todo mundo tem um sangue quente, uma vontade de viver absurda. Sentir na pele é pouco, agora queremos o sangue, as vísceras. "Ou me ama ou me odeia", "comigo é oito ou oitenta", "ou a chuva ou o sol". Mas que vidão não vivem esses todos que se descrevem como almas apaixonadas, impulsivas, geniais, hã? É bem bonito de ler, mas pouco crível. O que eu vejo é uma maioria insossa e conformada. Existe um grande mal entendido aí, ou as pessoas estão com sérios problemas de auto-conhecimento, ou é puro e deslavado embuste. Talvez um pouquinho dos dois.
Aqui já chove, mas se mantido o céu branco, faria um esforço sobre-humano pra me acostumar e gostar um pouquinho mais dele. Muito mais encantadora e misteriosa é essa branquidão, que não deixa ninguém saber se vai abrir sol, ou deixar cair a torrente. Passageiro, efêmero, fugidio.
Não sou mais aquela que começou a escrever esse texto.
p.s: Posso pedir uma coisa? Tenho muita curiosidade em saber quem está lendo isso aqui. Então proponho que quem passar por aqui, mesmo que acidentalmente, e pela primeira e talvez única vez, deixe um comentário. Não precisa comentar nada, só escreve "oi", "presente", sei lá. Pode ser? Já sabia mesmo que vocês que por aqui passam são uns queridões.
Beijos.
24 comentários:
hm, eu to passando a primeira vez..
sua linguagem é muito bonita, e interessante..
eu lendo seu texto tentei decifrá-lo.
é como um enigma, que entra em minha cabeça e me faz esquecer a música que to ouvindo pra tentar me focar no seu texto.
gostei mesmo, bom, oi !
:)
prazer, voltarei aqui mais vezes.
PS: escreveste 'Deus' com letra minúscula porque não o teme?
;)
"Sentir na pele é pouco, agora queremos o sangue, as visceras"
HUHU. passei acidentalmente.
Tens uma boa escrita...
tentei decodificar.. quem sabe, trocamos comentários e um dia descubro.
PARABENS. e até.
Obrigado pelo comentário..
Vou te favoritar tb..
lá no meu , ttem uma seção NARRAÇÃO.
LÁ TEM A HISTORIA COMPLETA 5 capitulos(este é o penultimo)
PS. O MELHOR é o primeiro ..
bjos..
www.omundodedim.zip.net
O mundo colorido é muito mais simpático e traz muito mais energia.
Presente!
O céu sobre minha cabeça estava branco, até que pude ler seu texto.
Gostaria que escrevesse com uma assiduidade proporcional ao seu talento!
Beijos
Estou passando por aqui para conhecer. gostei muito do texto, o céu branco transmite melancolia, azul transmite a paz.
Nataly vc é muito fofa, me tornei seu fã por causa da sua magia,gente eu fico abobado quando venho aqui e não posso deixar qualquer comentario, vc e seu blog nao merecem isso.
Sucesso fofinha, se não tiver fã vc ja tem um.
http://leozukinho18.blogspot.com/
beijos
PS: Deus é com letra maiucula. hehehe
Obrigada pela visita. Se você precisar esclarecer algum dúvida vá no formulário do blog, no Fale comigo e mande um e-mail.
Hoje 45% dos estudantes que abandonam o curso superior desistem por terem feito a opção errada.
Boa Srte
simpatico o blog, será vc tbm?
boas postagens!!!
foi um bom texto
Em pensar que tem gente que vive num céu branco... daltônicos de espírito.
Uma coisa que eu também acho um paradoxo, como você citou no seu texto, é como nós, latinos, somos tão conformistas em relação a várias coisas. Será que esse "sangue quente" as vezes nos entorpece?
Beijão.
Oi.
Presente.
Pronto, já é um começo.
Seu texto é bastante interessante. Tem partes que me lembrou do Ivan Lessa, escritor brasileiro radicado em Londres (trabalha na BBC), quando você se refere a essas descrições todas "cheias de cores e vontades de viver". Na verdade são máscaras. As pessoas vivem mascaradas. E precisam disso nestes tempos estranhos. A forma supera o conteúdo.
Mas eu gostei do texto. Parabéns!
abs!
http://grooeland.blogspot.com
Passando pela primeira vez, adorei o texto, o blog. Gostei tbm da sua proposta ao leitor, de comentar, mesmo que seja um oi. Estou aqui então, abraço.
Pega seu selo, seu blog merece:
www.avaliandoblogs.tk
Meu blog: www.dandoplay.blogspot.com
PS*: meu blog nao é pessoal, mas em certas horas é bom se divertir vendo alguns vídeos. =D
primeira vez aqui..
e obrigado por me considerar um queridão, tem telefone? (brincadeira)..
gostei da sua maneira de escrever, das palavras que vc usa para denotar seus textos..
no meio do texto, vc parece que realmente assumiu uma outra direção..
tens certeza que preferes o cinz ao branco? heheh
abraços!
Presente Professora
hsaushausha
Zuera
Gostei muito do texto,mas axo q branco cai bem com todas as estações
http://ownedando.blogspot.com/
ah que merda.. tinha escrito varias coisas e meu firefox deu pau..
enfim! eu tinha dito que eu gosto bem mais do ceu azul, mas como já to esgotada de calor, to preferindo o céu branco e com ele o frio.. mas tenho consciencia que ainda vai demorar uns meses pra eu de fato ter o meu inverninho querido. e assim que ele chegar vou querer o céu azul junto com o calor! eternamente insatisfeita, mas ok.. hahaha
o outro comentario tava bem mais legal, mas fazer o que.. no calor nem pra digitar de novo nao me dá vontade.
beijoo
Presente! rsrs Oi, Nataly. Não é a primeira vez que passo por aqui. Adorei o seu texto. Aliás, todos os seus textos têm uma característica interessante: o fácil diálogo. É, você conversa conosco (quem tá lendo). É muito bom ver textos assim. Parabéns.
E como você falou muito em branco, que tal pegar uma corzinha na praia? Calma. É que "praia" é o título do meu último post. Se quiser visitar http://melhoropiniao.blogspot.com . Ah! Leve um protetor solar. rs
Valeu!!!
Olá!!!
Eu acredito que a maioria das pessoas não se conhecem de verdade... Por isso descrevem-se de uma forma quando na verdade agem de outra.
Bjos
up
Passei pela primeira vez aqui e
gostei muito do que encontrei.
Mas o que me fez entrar foi o nome do seu blog. Sou completamente apaixonada por essa obra da Clarice Lispector. Desse modo vejo que tens muito bom gosto.
Presente!
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